Parabéns pra você João !

João, boa noite
Obrigado por ter passado terça-feira passada, na hora do almoço, pra me permitir sair de casa, sem o legítimo medo que vizinhos muito mal-intencionados me tinham ocasionados desde à véspera...
Me deixando a noite toda de segunda pra terça, sem dormir.
Claro que violência física não existe pros parisienses- que o negam como o resto, aliás- que no entanto passam a vida a se maltratar verbalmente, profissionalmente, amigavelmente, etc...
Então, o teu gesto, mesmo discreto, a tua passagem, mesmo rápida, foi essencial naquele momento...
Só pra mostrar pra vizinhança que aquela mulher, eu, não estava totalmente sozinha nem totalmente abandonada... 
Mas o assunto não morreu aí ! Terça de tarde, fui pra um seminário. E deu tudo certo...
Mas a quarta de manhã, saindo pra fazer não sei o que, compras na vizinhança, a agenda mafiosa-policial dos vizinhos recomeçou pra novas represalhas...
E quando voltei pro almoço: pela segunda vez, encontrando quase de cara, chegando pra casa, o tal vizinho, tão violento e perverso, tive de novo um medo que acho justificado.
Fui procurar de novo ajuda. Me prometendo de passar depositar queixa na polícia, o mesmo dia, quarta 22, uma vez resolvido de novo uma entrada segura no prédio. O que é totalmente paradoxal, e contra os meus princípios !!!
Outro João aceitou me ajudar, e por sinal: pela primeira vez em dez anos, não me achou doida, nem achou que podia ser totalmente justificado o meu medo( ?).
Resultado: me acompanhou até em casa. E saindo depois, falou alto pra manifestar a sua presença pros vizinhos, saindo do meu apartamento.
De tarde, fui buscar passaporte meu, numa antena de polícia, e aproveitei pra marcar hora de depósito de queixa, pra breve...Ainda era quarta-feira, 22 de outubro. 
Voltando de noite pra casa: tirei o cartaz na entrada do prédio, onde eu mesmo tinha escrito o resultado de todo um fim de semana de intimidações ( folha: "amigos de Sarkozy" na caixa postal , gaz cortado, tapetes roubados, fora e dentro do apartamento, e todo o resto).
Pois é, amigo, você que foi o único em junho, a organizar pra mim um passeio em diversas turmas brasileiras que conhecia, junto com comemorações históricas ou culturais: parabéns !
Depois: um silêncio de quatro meses, que, claro, ultrapassam obviamente a única procura de trabalho e as múltiplas actividades...
No entanto: obrigado por ter vindo. Você que, como eu, vem "se formando" como analista, e pelo visto circula nas mesmas " patotas" ( será ?): Linkelin, por exemplo... 
Ainda muito obrigado. E espero te ouvir, te ler, ou te ver proximamente.
Abraço,
Marie Christine